quarta-feira, agosto 22, 2007

PAULO


E nada importava...

não importava que tivesse sido há anos atrás,

não importava que tivesse sido por pouco tempo,

não importava que ele já estivesse no segundo casamento,

não importava terem sido apenas um olhar e duas frases:

tinha sido um reencontro com o mais lisérgico dos olhares...

E, dos últimos tempos, as duas melhores frases!


Fiquei ali por uma noite, respirando o mesmo ar,

apaixonada simplesmente por sua presença de oxigênio.

Aquele momento quase prescindia do toque:

respirar me apaixonava, seu ar me bastava!


O corpo ressurgiu e pediu um abraço:

- Paulo!

Era uma graça o que seu ar me alcançava:

Um homem capaz de suspender o tempo, o ar, a graça...

Um súbito encontro e eu, em outra dimensão, andava.

terça-feira, agosto 07, 2007

AMOR COM AMOR SE PAGA?


Eu não entendo que tudo tenha se capitalizado, mas aceito que trabalhemos pra ganhar dinheiro, que compremos papel pra escrever, comamos comida congelada pra jantar e ignoremos o pedido desesperado de um colono que nos pede dinheiro pra passagem de volta pra casa já que os vagabundos da capital roubaram tudo que ele tinha, pois parece que não temos muita escolha, só alguma resistência. Mas capitalização afetiva eu não aceito, não aceito, não aceito! Ta ligado?! Ô machistinha pós-moderno! Eu não me economizo, não! Ta entendendo? E não suporto quem se dá só um pouquinho porque não tem segurança no investimento, ou porque acha que o investimento pode ser de alto risco! Que é isso? Amor não gasta. Amor não se acumula. Amor não rende. E amor não se recusa! Na era das vaquinhas de caixinha eu sou vaca profana: jogo meu leite bom na tua alma e com chuva do mesmo bom tento inundar a alma de outros caretas!!! Evoé, Baby! Evoé!

Quadro: Gustav Klimt. Danae