quarta-feira, agosto 22, 2007

PAULO


E nada importava...

não importava que tivesse sido há anos atrás,

não importava que tivesse sido por pouco tempo,

não importava que ele já estivesse no segundo casamento,

não importava terem sido apenas um olhar e duas frases:

tinha sido um reencontro com o mais lisérgico dos olhares...

E, dos últimos tempos, as duas melhores frases!


Fiquei ali por uma noite, respirando o mesmo ar,

apaixonada simplesmente por sua presença de oxigênio.

Aquele momento quase prescindia do toque:

respirar me apaixonava, seu ar me bastava!


O corpo ressurgiu e pediu um abraço:

- Paulo!

Era uma graça o que seu ar me alcançava:

Um homem capaz de suspender o tempo, o ar, a graça...

Um súbito encontro e eu, em outra dimensão, andava.

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