domingo, maio 30, 2010

Jantar fora...

É isso: é jantar fora, fora de casa, fora dos sabores conhecidos, da iluminação familiar... Então esqueça aquele argumento espinosamente triste: "com esse dinheiro comia em casa por um mês" ou "dava pra comprar um sapato novo e ainda por cima duraria muito mais"... Inclusive se você for casado com alguém com talento culinário suficiente para superar muitos chefs por aí, isso passa a ser mais um motivo para jantar fora!
Sabores e atmosferas não foram feitos para durar, estamos pagando pela fugaciadade do prazer e isso, não tem preço. Não significa que devemos esquecer o saldo, mas apenas colocá-lo em suspensão momentânea, porque não há gozo que suporte a censura financeira. E estou dizendo tudo isso porque acabo de conhecer o corajoso Restaurante Bóris, que foi localizar seu charme em plena esquina da Osvaldo Aranha com a Santo Antônio. Investir no Bom Fim já ganhou vários pontos no meu rancking. Depois disso, um ambiente com muito pouca luz, velas em cima da mesa, clima aconchegante e um chef adentrando o salão tocando o acordeon que nos embarcaria para os tempos de nossos nonos...
Comi um nhoque, pois era este o cardápio de um esquecido dia 29... Pensei - devo comer o que não saberia fazer e que, na maioria das vezes, as pessoas não sabem: escolhi a opção que levava polvo, pois já comi muito polvo borrachudo mesmo pagando bem caro. Achei que era a grande chance do Chef Pepe Laytano me conquistar: e conseguiu! Foi o melhor polvo que eu já comi! E, diante do elogio (havia dito às minhas companheiras de mesa: não se pergunta a um chef como se faz; elogia-se, se ele quiser, ele dirá), ele me contou o segredo do ponto do polvo, o que eu elegantemente não passarei adiante...
Fico com o gostinho de aparecer lá de novo, provar o cardápio oficial, comer sobremesa, ouvir jazz e encontrar uma carta de vinhos um pouco mais abrangente...

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