quinta-feira, agosto 19, 2010

Ecos do post anterior: "miséria casamenteira contaminada de sexo pornograficamente coreografado"...

Tenho asco dessa mulherzinha escolhida a dedo. Mulherzinha que pinta de tintas pálidas nosso intenso rock n' roll embriagado e ticudo... palidez de costas curvadas, óculos de aros finos na ponta do nariz e cabelo escorrido dividido de lado. A que horas ela conseguiu deixar-te com a cara dela? Em que momento deixaste de te envergonhar com a própria submissão? Joguei todas as playboys dele fora! brada a mulherzinha frágil e fotofóbica para todos na mesa saberem quem é que manda na tua vida. Mas tua cara, já empalidecida, afirmava esta atitude como parte da meritocracia da boa esposa que escolheste a dedo. Que miséria!

Quereria vê-la em alguma alcova sadeana, pedindo-te enjoadamente para que tu a levasses embora enquanto tu te refestalavas entre duas nefastas e pedias que o próximo a currasse sobre algum lençol sujo de porra... sem deixares de arrematar, com aquela tua gargalhada sarcástica que nunca mais ouvimos: – E bate uma foto!

Imagem: Filme Revolutionary Road, em português, Foi apenas um sonho. EUA, 2008. Direção: Sam Mendes

Um comentário:

G Vermes disse...

Porra
...
reticências

Acontece que o cinismo, este novo, é tão insensível e anestesiado que nem mesmo os estupros podem ser afastados de seus orgasmos.

No discurso do orgasmo. Que miséria! (repito contigo)

Ainda bem que não se pode tirar foto de um entusi(ORG)asmo - algo que preenche e esvazia ao mesmo tempo.

Valeu Juli!
G Vermes.