quinta-feira, junho 21, 2007

Pra não esquecer de Nietzsche

‘... Está aberto o caminho para novas versões e refinamentos da hipótese da alma: e conceitos como “alma mortal”, “alma como pluralidade do sujeito” e “alma como estrutura social dos impulsos e afetos” querem ter, de agora em diante, direitos de cidadania na ciência. Ao pôr fim à superstição que até agora vicejou, com luxúria quase tropical, em torno à representação da alma, é como se o novo psicólogo se lançasse em um novo ermo e uma nova desconfiança – para os velhos psicólogos, as coisas talvez fossem mais cômodas e alegres; mas afinal ele vê que precisamente por isso está condenado também à invenção – e, quem sabe?, à descoberta.’

FRIEDRICH NIETZSCHE
In: Além do Bem e do Mal. Prelúdio a uma Filosofia do Futuro. São Paulo: Companhia da Letras. 2003. pág. 19/20.

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