quinta-feira, outubro 22, 2009

dezoito de outubro

Terá o corpo possibilidades locais?
Poderei morar no teu cangote
Quando teu pé não gosta de mim?
E quando é que teu pé não gosta de mim?
Quando é que um leve movimento do meu olho esquerdo te leva a concluir
que não gostei (inteiramente) do que disseste?
Eu gosto de tudo que dizes
O que não quer dizer que concordo,
que con_sinto.
Nunca pensei
[palma da mão aberta atravessando o ar]
em concordâncias.
Necessidades de consenso,
penso ridículas.
Das palavras,
gostar,
é como um cafuné.
Aquele deitar entre afetividades
e passar pela importância.
Exatamente?
Exatamente.
Um muito de palavras em outras dimensões,
porque aquilo que não está para o__________________
Eu queria não ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Eu não queria VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV !
Terminar rastros com exclamações!
Não posso escrever sobre a perda dos rastros...
rastros se perdem,
uma vez perdidos: perdidos.
Não há reencontro, retomada,
aquele trumpete que levará ao encontro do que ainda não passou.
Passou, passará, está passando,
não cansa de passar...
É tempo de deixar um ponto e cair
fora.
Porque amar é saber ca
ir
fora.
[entre colchetes estontear as expressões do acordar para fazer,
fazeríade de movimento]
Fechar parênteses
e gostar faz bem.
Eu te gosto de fazer bem aos arrepios.


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