Aos meus leitores peço desculpas...
Mas a escrita é de pesadelo. Noite infernal dos "sem-ar condicionado" somada aos "sem-tranquilidade emocional" com pitadas de saco-cheio de estampar sorrisos e "pensamentos positivos" quando olho para a vida e não encontro matéria-prima para tal tarefa, que me parece mais midiática que realmente experimentável. Sinto-me exausta de sonos de tormento e sonhos que no primeiro investimento positivo, se transformam num pesadelo que me fazem perguntar de que serve acreditar na vida, nas pessoas, no amor. Não é pessimismo, não: é pura constatação. Até porque, dificilmente tal constatação conseguirá matar aquela que insiste em sobreviver mesmo quando tudo parece morto, a maldita esperança, que sempre nos faz seguir mais um pouco, como idiotas submissos do verbo esperar...
Mas algo já se faz nebuloso demais para que seja visto:
afinal, o que ainda se pode esperar?
4 comentários:
Faço parte do grupo dos sem ar-condicionado e dos sem tranquilidade emocional.
Acho que temos períodos em que os pesadelos nos assombram e não conseguimos epserar muita coisa da estação.
Mas não temos que pedir desculpas, nada. Porque é tão dificil conseguir escrever da dor, e tu consegue, e divide; e agora ela já é um pouco minha também.
Se quiser, te acompanho na espera por alguns sonhos bons, quem sabe tomando uma cervejinha em qualquer dia desses? :)
Beijão!
sem ar, sem ar... a aridez do deserto aqui dentro da escuridão da noite.
lembro-me de não esperar oásis. de encontrar algo com que eu possa brincar. talvez a areia clara para escorrer pelos dedos. talvez fingir ser um perdido no deserto procurando ser salvo.
como quando pequena brincava nas dunas perto da praia de Cidreira ou Pinhal (sei lá) uma dessas praias estranhas do sul.
Quanto tempo posso estar aqui na (des)esperança?
Quanto tempo seguro os garfos antes de me atirar de boca na próxima ilusão?
só posso beijar-te minha amiga e desejar melhores sonhos.
mas quem pode dormir com tanta loucura ruim lá fora?
bj da lesma
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